terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brisa da tarde!

O vento suave da tarde, só de pensar nele agente já se sente mais acolhido. O por do sol, a brisa quente, o momento de relaxar ao fim de um dia de trabalho é um momento único todos os dias. Claro, nem sempre dá pra aproveitar esta momento, na verdade, quase nunca. Mas é sempre um bom momento, se pudermos relaxar e observar o céu alaranjado mesmo que de dentro de um carro em um engarrafamento já valeu. Para mim olhar para o céu é sempre me lembrar de Deus.E na viração do dia eu sempre me lembro de um encontro que aconteceu neste horário. Genesis 3 narra o encontro entre Deus e o homem logo após o pecado. Que momento difícil deve ter sido para Adão e Eva, encarar face a face Deus e ter que explicar o que deu errado. Após desculpas e explicações o homem foi carinhosamente colocado fora do jardim para que não comece da árvore da vida e passou a suar muito para conseguir o seu sustento.

Mas eu sempre fico me perdendo em pensamento e imaginado Adão, após passar o dia lavrando a terra e semeando, suado, cansado e vem a brisa da tarde. Segura a enxada, olha pro céu e se lembra dos dias no Éden. Onde Deus falava com ele. A maior perda do homem foi o relacionamento com Deus. Nós nascemos sem Ele, mas para Adão foi diferente, ele foi criado e andou, foi intimo, falou com Deus mais de uma vez. Adão devia se perder em seus pensamentos, se lembrando com saudade dos dias que teve diante do Senhor. Quando estava longe do Senhor o salmista declarou 

"Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita.Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria."
                                                                                                         Sl 137: 4 a 6(ênfase acrescentada) 

Talvez este salmo, escrito muito depois de Adão, retrate o que ele sentia. Jerusalém no salmo aponta para a presença de Deus. Aqueles músicos não podiam se alegrar longe da face do Senhor. Mas um dias eles voltaram para Sião e cantaram:

"Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha"  Sl 126:1

Intimidade com o Altíssimo, é tudo aquilo que nós precisamos. O lugar secreto, o momento de estar face a face com Deus. Entrar na tenda do encontro como Moisés e a nuvem do Senhor parar sobre a tenda e ali Deus fala conosco. Estar com Deus na viração do dia, falar com Ele, ouvir a voz do Senhor é o momento que  o homem perdeu em Adão, mas que foi restaurado em Jesus. Hoje temos livre acesso a Deus através da cruz e então quando virmos o por do sol, sentirmos o vento suave da tarde podemos nos lembrar que Deus tem um encontro marcado conosco. Acredite, Ele vai estar lá.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Marcas da infância!

Um ditado de sabe-se lá quem, vindo de um lugar longínquo diz que: "você é hoje o reflexo do que você fez ontem". Bem verdade é que realmente nós vivemos o presente como conseqüência das nossas atitude do passado, e obviamente, o futuro depende do estamos fazendo agora. É bem verdade que se entendêssemos isso na pré-adolescência e não depois de adulto tudo seria mais fácil na fase mais difícil, a adolescência. Observando  atentamente o comportamento da turma teen eu verifico que não apenas o ditado citado é uma máxima pertinente  como existe uma entrelinha nele. Fazemos aquilo que observamos, inclusive durante a nossa infância. Claro, que existem vários fatores externos, influências e etc que moldam que nós somos, mas eventos marcantes na infância podem influenciar o caráter e o comportamento de uma pessoa pelo resto de sua vida.  Uma semana de castigo sem sair na rua por apelar de mais nas brincadeiras me fez, hoje, uma pessoa conhecida exatamente pelo oposto e muitos que me conheceram de um tempo pra cá quase não acreditam nisso. Mas eu nunca mais esqueci aquela semana olhando todos brincarem na porta de casa e meu irmão fazendo questão de contar para todos o motivo do castigo(Afinal irmão é pra isso mesmo). 

Só de eu citar um exemplo pessoal você deve ter pensado em algo que te aconteceu e também de marcou. E várias desta marcas nos formam, nos ensinam a tomar decisões e a caminhar. Me lembrei de uma famosa estória da Bíblia, uma das mais fortes e profundas na minha opinião: A estória de José! O ápice da estória é o momento em que José, após anos de prisão e escravidão, colocado pelo próprio faraó como segundo homem do Egito está diante dos seus irmãos que no passado venderam-no como escravo para um terra estranha, tendo poder para fazer o que bem quisesse com decide, então, perdoá-los. Mas primeiro, ele consegue vê em Judá um profundo arrependimento pelo tudo o que tinha feito a vida do irmão e aos prantos ele se mostra ele perdoa os responsáveis por anos de sofrimento. Com prantos ele perdoa seus irmãos.

"E ele se pôs a chorar tão alto que os egípcios o ouviram, e a notícia chegou ao palácio do faraó. Então disse José a seus irmãos: "Eu sou José!" Gn 45:2 e 3a. 

Muitos anos antes disto acontecer, quando Benjamim ainda nem havia nascido e José e seus irmãos eram crianças, José viu algo que, imagino eu, marcou sua vida. Diferente de seus irmão ele era ainda muito novo quando Jacó passou a ser Israel e voltou para a sua terra, onde encontrou Esaú, o irmão que ele havia enganado e fugiu para casa de Labão para não morrer. Mas o encontro entre eles foi também algo notável nas escrituras. Acredito que José percebeu a aflição do pai pelo que tinha feito a Esaú, pois enviou vários presentes, se curvou diante de seu irmão quando se encontraram e se colocou como servo. Nos anos que José esteve preso, é possível que ele pensou em seus irmãos e se lembrou do que viu nos dias em que seu Jacó foi ao encontro de seu Esaú e imaginou os irmão curvados diante de si, conforme a promessa e a lembrança. E principalmente ele devia se lembrar da reação de seu tio:

"Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram." Gn 33: 4.

José viu uma atitude de perdão marcante o suficiente para esta relatada nas escrituras sagradas, e teve a mesma atitude diante de seus irmãos. José foi um reflexo daquilo que ele viu na sua infância.