quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vontade!!!

Como entender a vontade de Deus?
Uma pergunta que nos fazemos durante toda nossa vida. Entender a vontade do Pai para nossas vidas é um desafio, dificilmente acertamos de primeira o que Ele tem para nós. Porque será que não conseguimos captar a mensagem do céu nos mostrando exatamente o que Deus realmente quer para nós. Abrão teve uma grande promessa, Noé foi designado para uma tarefa importante, salvar a criação de Deus, Davi foi ungido rei entre outros grandes homens que marcaram a humanidade.
O que eles tiveram em comum? O autor de Hebreus identificou, estão na galeria dos heróis da fé no capitulo onze da epístola. Deus tem algumas vontades para os seus filhos que estão bem explicadinhas, como exemplo o famoso ‘Ide’, tem também o mandamento novo, para amarmos uns aos outros. Esses são alguns poucos exemplos da vontade de Deus para a igreja como um todo. Mas e a vontade especifica para minha vida. Qual o meu chamado, será que Deus tem um ministério para mim?
Não sei como nem quando Deus vai fazer se cumprir o propósito dele em minha vida, ou na de qualquer outra pessoa, sei que para que as coisas aconteçam precisamos entender como nos comportar diante da ação do Pai.
Maria foi com certeza uma grande mulher, Deus não colocaria o menino Jesus nas mãos de qualquer pessoa. Mas o que ela fez de diferente das outras de sua época. Com certeza muitas meninas virgens e puras estavam prometidas para homens de Deus, religiosas, de boa família, talvez de uma descendência davídica também. Mas Deus sabia de algo diferente no coração de Maria.
Não consigo imaginar alguém prestes a casar fazendo a seguinte oração:
“Deus, antes de casar eu gostaria de receber uma visita do Espírito Santo, e então me tornar ainda virgem a mãe aqui na terra do teu filho!”
Ninguém faria esse pedido, até porque não se entendia direito como viria o messias, em principio, seria pelas vias normais de fecundação. Mas apareceu um anjo para aquela mulher e explicou a vontade de Deus. Uma das passagens mais bonitas da Bíblia, quando Maria é saudada como agraciada e bendita do Senhor, e que de seu ventre viria um menino bendito.
Imagino o conflito no coração dela, não tinha conhecido seu marido ainda, o que os outros diriam de uma mulher grávida sem casar? Seria apedrejada com certeza. Um filho estava por vir, Deus falou com José para que tudo acontecesse tranquilamente, mas ainda sim não consigo pensar em alguém orando e clamando a Deus para gerar um filho ainda sem conhecer um cônjuge, e que isso aconteça de forma sobrenatural. Maria naquele momento não abriu mão apenas do seu casamento, pois ainda não sabia que seu noivo aceitaria, ela abriu mão das suas próprias vontades.
“Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra”
Lc 1:38ª
Um servo faz o que manda o seu senhor, Maria não pensou nos seus sonhos, nas suas vontades e desejos, mas preferiu que a vontade do Pai se cumprisse nela.
Ainda não sei entender a vontade de Deus, mas sei que para isso eu preciso abrir mão das minhas. Quando Maria abriu sua boca, aceitando a vontade do Pai, ela sabia apenas que iria engravidar, mal sabia que aquele menino iria morrer da forma que morreu. Não ficou procurando os seus sonhos após o inicio do ministério de Jesus, mas o segui como discípula, enfim, Maria rasgou os seus sonhos e desejos para andar nos caminhos do Senhor e então, conhecer a vontade de Deus se cumprindo na vida dela.
Para conhecer a vontade do pai, é melhor abrir mão das suas próprias vontades. Esquecer os seus sonhos e projetos para o futuro, aguardando a resposta certa da boca de Deus. Não tenha vontades, tenha servidão para com a vontade de Deus.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Jejum de Cristo

A passagem em Mateus capítulo 4 é muito conhecida, por ser um dos poucos momentos em que Jesus é colocado fisicamente diante da tentação, dos pratos oferecidos pelo inimigo. O ponto alto do texto é com certeza o momento em que cristo manda o tentador sair usando a palavra de Deus contida no livro de Deuteronômio: - Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.
A vitória do homem sobre o príncipe do mal, aquele que veio para matar, roubar e destruir, o grande pai da mentira, homicida desde o principio... este ser cruel, de ciladas astutas e poderoso foi derrotado por um único homem. Jesus de nazaré. Este é um dos maiores momentos da história, a primeira vitória do verbo encarnado, a definitiva viria três anos mais tarde, na cruz.
Mas gostaria de resaltar o período que antecedeu este glorioso vitória, o deserto. Jesus se retirou para um deserto onde passou 40 dias, isso mesmo 40 dias, sem comer nada e sem a convivência de nenhuma outra pessoa. Ele conheceu um lado do homem que só poderia conhecer se tornando um, a fome. Literalmente fome, mas qual o efeito da falta de comida para nós? Por que ficar sem comer causa tantos problemas?
Do ponto de vista fisiológico essa resposta é fácil, sem comida morremos lentamente de desnutrição. Então imagino que quarenta dias sem comer nada em um ligar inóspito, o corpo de Jesus estava debilitado, sem muitas forças. Magro e com muita dor de cabeça provavelmente, a presença do Espírito Santo era sua única fonte de sustentação. O sustento espiritual estava garantido, mas o corpo sentiu com certeza os efeitos daquele jejum. Obviamente ficar muito tempo sem comer nos trás problemas físicos, como provavelmente Daniel sentiu durante os vinte e um dias sem carne, suas forças foram diminuídas, é algo que acontece no corpo, com restrição alimentar nós sentimos a falta daquele alimento.
Mas o ato de comer não é puramente físico para nós, é um momento social importante. É a mesa que reunimos as famílias, quando convidamos alguém para as nossas casas preparamos algo para comer. Cada cultura tem no momento da refeição uma marca da sua tradição, o que seriam dos ingleses sem o chá das 5? E os italianos sem a comida da mama? Os brasileiros sem a feijoada de sábado? Ou pior, como seriam os goianos sem pamonhada? Comer faz parte da cultura, e quando nos privamos das refeições estamos abrindo mão do momento social que ela envolve.
Entra neste momento o tratamento emocional de Deus nas nossa vidas durante um jejum, porque comer é um prazer, e sem comer perdemos parte desta satisfação diária. As nossas emoções ficam baladas, menos entusiasmo para fazer as coisas, irritações mais freqüentes. É como se o nosso pavio fosse cortado ao meios e rapidamente estouramos em nervosismo diante de situações em que normalmente não perderíamos o controle. Experimente ficar algumas semanas sem comer as coisas que mais gosta e vai entender perfeitamente do que estou falando.
Não posso afirmar com certeza, porque Bíblia não diz, mas acredito que esse era o estado físico e emocional de Jesus no ultimo dia do jejum. Uma forte preparação de alma para os momentos que estavam por vir, o primeiro e o ultimo confronto com satanás. Ele tinha que estar pronto, e foi o que aconteceu durante aquele deserto, as emoções de Cristo foram levadas ai limite para que Ele pudesse sair vitorioso não ó como Deus, mas também como ser humano.
Começa o embate, satanás se aproxima e lança o primeiro golpe, este contra o corpo. Após quarenta dias sem comer com certeza ele estava com muita fome. Então é tentado a usar o poder de Deus para transformar pedras em pães. Ele era capaz de faze-lo pois transforma água em vinho em outro ocasião. Mas não o faz, ele sabe que nem só de pão viverá o homem, mas principalmente da palavra de Deus. Jesus não fraquejou diante da possibilidade de matar a fome, embora o seu corpo estivesse precisando desesperadamente de comida.
O segundo golpe feio direto na alma, pula que os anjos seguram. Demonstração de poder e autoridade. O ego de Jesus seria massageado, as pessoas vendo aquilo iriam acreditar nele. Manter a calma naquela situação não foi fácil. A tentação de pular e mostrar que os poderosos anjos do Senhor estão ao lado de Jesus iria calar a boca daquele tagarela maldito que se acha. Com certeza após tanto tempo sozinho, sem o momento diário de estar com os seus, sua alma estava abalada. Poderia ter cedido naquele momento e se irritado e gritado, pulado só para mostrar o que pode. Mas consegui manter a calma e se lembrar da palavra, sabendo que não podemos tentar a
Deus.
O terceiro golpe foi no espírito. Se me adorar, te dou o mundo. Essa foi a proposta ousada do diabo. Sabia que o objetivo de Jesus era ganhar o mundo, Deus enviou Jesus por amor do mundo. Naquele momento houve a possibilidade de acabar, a fome, a miséria, a injustiça.... mas o preço não valia ser pago, pois é mandamento de Deus adora somente a Ele .Então veio a vitória finalmente, após toda a tentação de corpo, alma e espírito, Ele mandou embora o tentador. Jesus foi treinado pelo Espírito para enfrentar o momento mais difícil de seu ministério, que viria a acontecer na cruz, quando estaria separado de Deus, e foi aprovado em seu treinamento para a honra e glória do Pai.
O Jejum é o tratamento de Deus em nossas vidas para conseguirmos cumprir o propósito que Ele nos designou nessa terra. Não é um sacrifício, uma alto flagelação, mas a preparação do corpo da alma e do espírito para podermos vencer as tentações e os obstáculos que irão surgir diante de nós. O Jejum completa o tri-pé da nossa formação como guerreiros de Deus. Conhecer a palavra e orar são os outros dois pontos, se faltar um, nossa fé desaba.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Xadrez...

Bem comparei quase todas as peças de um jogo de xadrez, faltam as três mais importantes do jogo, as torres, a dama e o rei. Vou seguir com as torres.

Peças de longo alcance, quando bem posicionada protege sozinha um tabuleiro inteiro, pois ela pode andas nas linhas verticais e horizontais. Geralmente aparecem com mais força no final do jogo ao contrario dos bispos e dos cavalos que já no iniciam começam a andar pelo tabuleiro. Posso colocar aqui como as boas obras citadas no livro de Tiago, que são uma conseqüência natural da fé. Aquilo que fazemos para honra e glória do nome de Jesus é determinante em nossas vidas, decide os nossos passos em como agir, para onde ir. As torres são as únicas peças do jogo que podem sozinhas vence-lo, todas as outras precisam de algum outro para completar a jogada decisiva, mas as torres não, por si só são capazes de definir uma partida. O que fazemos para a honra e para glória de Deus, pensando no reino e no próximo, indo pelo mundo e pregando o evangelho é a área de maior importância até aqui. Se formos realmente comprometidos com a obra em todo o restante seremos vencedores também.

Posso incluir neste ponto a nossa família, aquilo que Deus nos deu para melhor entendermos o seu amor, para nos relacionarmos, pois não é bom estarmos só. Enfim, se tem algo realmente poderoso em nossas vidas, capaz de mudar o caminho pelo qual andamos é a nossa família.

A dama, a peça mais poderosa do jogo, soma a força dos bispos e das torres, provavelmente será com ela que conseguiremos ganhar o jogo. Com certeza a dama nos arremete a fé. A fé é o que faz todo o restante funcionar, sem ela podemos fazer um monte de coisa, mas com pouco ou nenhum poder. Ficar sem fé é catastrófico, nada do que for feito terá valor. Assim como perder a dama muito provavelmente significa que o nosso jogo estará perdido. Nunca menospreze o poder da fé, ela move montanhas.

E por fim o rei, move-se apenas uma casinha de cada vez, mas é a peça mais importante do jogo, sem ela, eu perdi. Nossa vida é assim sem Deus, derrotada. Todo o tabuleiro de xadrez é organizado e jogado em função do rei, nada é movido, articulada pensado sem primeiro vermos onde está Deus e para onde podemos ir de modo a manter Deus no lugar mais importante das nossas vidas, sem Ele, não tem jogo da vida.

Claro que cada comparação feita neste texto tem suas devidas proporções, e não esta pensando em pormenores, mas com certeza é uma analogia que nos ajuda a priorizar em nossas vidas as coisas certas. Cada um de nós tem um contexto específico e diferenciado, mas as áreas das nossas vidas são as mesmas e é importante saber que a forma que encaramos cada passo hoje, vai definir que nós seremos amanhã. Não ignore aquilo que temos de mais precioso e importante em nossas vidas: Deus, fé e o evangelho de Cristo. O nosso passado, o nosso emprego e os amigos vêm completar o quadro de importância das nossas vidas, as outras coisas são menores.

Busque então em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrecentadas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A vida em um tabuleiro de Xadrez

Um tabuleiro de xadrez pode ter mais do algumas peças que se movem de forma estratégica, ele pode trazer uma reflexão de como devemos avaliar a nossa própria vida. Antes de discutir essas lições, por assim dizer, vamos entender um pouco sobre o jogo. Ele é composto por dois “reinos”, geralmente um de peças brancas e outro de peças pretas. Cada time tem um rei, uma dama, dois bispos, dois cavalos, duas torres e oito peões. A medida que conversarmos sobre cada ponto que eu vou tratar explicarei um pouco da dinâmica do jogo. Vou imaginar a partir de agora que cada peça representa uma área da nossa vida

Vou começar pelos peões. Eles são oito colocados cada um a frente de uma peça mais poderosa, e só pode andar para frente, desde que a casa adiante esteja vazia, e sempre ataca na diagonal para frente. Ou seja, o peão não defende a sua rota de caminhada, mas a de um outro que ande ao seu lado. Poderia analisar esse comportamento de vários pontos de vista, mas como estamos analisando as áreas da vida, o peão então representa o cotidiano, coisinhas do dia – a – dia que fazem uma diferença para nós. Não de forma isolada, pois um peãozinho sozinho não é nada, mas em grupo faz um bom estrago. Bom dia, boa tarde, eu te amo, por favor, muito obrigado, que Deus te acompanhe... são expressões que ditas uma única vez podem parecer a toa, mas quando se tornam um habito podem mudar o humor de alguém. Olhar a rotina sempre pelo melhor lado, não se aborrecer com onde a pasta de dente foi apertada, enfim são detalhes que podem mudar o nosso dia. Parece bobo, mas ai onde todo jogo começa, no mover de um peão, que sozinho não tem força nenhuma, mas juntos esses pequenos guerreiros são os que nos levam adiante no tabuleiro.

“Basta a cada dia o seu próprio mal”

Gosto do bispo, é uma arma de longo alcance, e que deve sempre estar com o caminho a frente livre. Ele anda apenas na diagonal, ou seja, um bispo esta sempre nas casas brancas e o outro nas casas pretas. Defendem ou atacam os que cruzam seu caminho, sozinhos não tem muito poder, pois um bispo na casa branca nunca defende uma casa preta e vice-versa. Mas juntos cobrem uma grande parte do tabuleiro. Vejo aqui a vida social e o trabalho, sozinhos não levam ninguém a lugar nenhum, mas juntos nos trazem qualidade de vida. Alguém que apenas trabalha, dedicando sua vida ao escritório trabalha por vaidade, se cansa, perde aqueles que amam, pois nunca tem tempo para eles. Geralmente esta pessoa faz do trabalho seu vicio e do dinheiro o seu maior tesouro. E alguém que não trabalha, principalmente o homem, este não tem dignidade. Não é bom viver uma vida social desregrada e sem responsabilidades, Foi Deus quem nos deu a oportunidade de conseguir o sustento com suor. Sozinho o bispo até consegue fazer alguma coisa, mas sua eficiência esta no fato de existirem dois se completando, e os peoas que abrem caminho a frente.

“Tolo, não sabe que esta noite pedirei a sua alma?”
“O trabalho dignifica o homem”

O cavalo é uma peça curiosa, quase invisível no tabuleiro, ataca sempre oito casas, podendo passar por cima de qualquer outra peça do jogo e anda em éle. Além do peão é a outra peça que pode iniciar o jogo, mas ao fazê-lo não abre caminho para mais ninguém. O cavalo me arremete ao passado, tem o mesmo peso em importância que as coisas que fazemos hoje (os bispos), mas parece não ser detectado durante a partida e podem decidi-la contra ou a favor. Não resolver bem o passado pode parecer bobo, mas é crucial para podermos seguir em frente, cada vez que o passado é movido ele vai interferir diretamente no nosso dia - a - dia, e também em cada decisão que tomarmos. Não podemos ignorar também a cultura familiar onde crescemos, é sutil, mais explica bem o nosso posicionamento no jogo, os cavalos são rápidos e sutis na sua movimentação. Iniciam a nossa jornada e podem defini-la para nós. Se posicionarmos bem o passado e a cultura em que crescemos termos nas mãos as melhores formas de proteger e cuidar das outras ares da vida.

As torres, a dama e o rei ficam para amanhã, para podermos olhar as nossas prioridades de vida. como o passado tem nos afetado, e como o meio em que crescemos pode nos influenciar nas decisões que tomamos hoje? É momento também de equilibrar o trabalho e a vida social para termos a plenitude do gozo da vida aqui na terra.

Livro: Quem mexeu no meu queijo?

As posturas que tomamos nas nossas decisões nos levam a ter mais ou menos ‘queijo’. O livro trata com maestria a questão do comodismo e de quem é a culpa se nossas vidas não mudam nunca. Vale a pena.