terça-feira, 14 de outubro de 2008

A vida em um tabuleiro de Xadrez

Um tabuleiro de xadrez pode ter mais do algumas peças que se movem de forma estratégica, ele pode trazer uma reflexão de como devemos avaliar a nossa própria vida. Antes de discutir essas lições, por assim dizer, vamos entender um pouco sobre o jogo. Ele é composto por dois “reinos”, geralmente um de peças brancas e outro de peças pretas. Cada time tem um rei, uma dama, dois bispos, dois cavalos, duas torres e oito peões. A medida que conversarmos sobre cada ponto que eu vou tratar explicarei um pouco da dinâmica do jogo. Vou imaginar a partir de agora que cada peça representa uma área da nossa vida

Vou começar pelos peões. Eles são oito colocados cada um a frente de uma peça mais poderosa, e só pode andar para frente, desde que a casa adiante esteja vazia, e sempre ataca na diagonal para frente. Ou seja, o peão não defende a sua rota de caminhada, mas a de um outro que ande ao seu lado. Poderia analisar esse comportamento de vários pontos de vista, mas como estamos analisando as áreas da vida, o peão então representa o cotidiano, coisinhas do dia – a – dia que fazem uma diferença para nós. Não de forma isolada, pois um peãozinho sozinho não é nada, mas em grupo faz um bom estrago. Bom dia, boa tarde, eu te amo, por favor, muito obrigado, que Deus te acompanhe... são expressões que ditas uma única vez podem parecer a toa, mas quando se tornam um habito podem mudar o humor de alguém. Olhar a rotina sempre pelo melhor lado, não se aborrecer com onde a pasta de dente foi apertada, enfim são detalhes que podem mudar o nosso dia. Parece bobo, mas ai onde todo jogo começa, no mover de um peão, que sozinho não tem força nenhuma, mas juntos esses pequenos guerreiros são os que nos levam adiante no tabuleiro.

“Basta a cada dia o seu próprio mal”

Gosto do bispo, é uma arma de longo alcance, e que deve sempre estar com o caminho a frente livre. Ele anda apenas na diagonal, ou seja, um bispo esta sempre nas casas brancas e o outro nas casas pretas. Defendem ou atacam os que cruzam seu caminho, sozinhos não tem muito poder, pois um bispo na casa branca nunca defende uma casa preta e vice-versa. Mas juntos cobrem uma grande parte do tabuleiro. Vejo aqui a vida social e o trabalho, sozinhos não levam ninguém a lugar nenhum, mas juntos nos trazem qualidade de vida. Alguém que apenas trabalha, dedicando sua vida ao escritório trabalha por vaidade, se cansa, perde aqueles que amam, pois nunca tem tempo para eles. Geralmente esta pessoa faz do trabalho seu vicio e do dinheiro o seu maior tesouro. E alguém que não trabalha, principalmente o homem, este não tem dignidade. Não é bom viver uma vida social desregrada e sem responsabilidades, Foi Deus quem nos deu a oportunidade de conseguir o sustento com suor. Sozinho o bispo até consegue fazer alguma coisa, mas sua eficiência esta no fato de existirem dois se completando, e os peoas que abrem caminho a frente.

“Tolo, não sabe que esta noite pedirei a sua alma?”
“O trabalho dignifica o homem”

O cavalo é uma peça curiosa, quase invisível no tabuleiro, ataca sempre oito casas, podendo passar por cima de qualquer outra peça do jogo e anda em éle. Além do peão é a outra peça que pode iniciar o jogo, mas ao fazê-lo não abre caminho para mais ninguém. O cavalo me arremete ao passado, tem o mesmo peso em importância que as coisas que fazemos hoje (os bispos), mas parece não ser detectado durante a partida e podem decidi-la contra ou a favor. Não resolver bem o passado pode parecer bobo, mas é crucial para podermos seguir em frente, cada vez que o passado é movido ele vai interferir diretamente no nosso dia - a - dia, e também em cada decisão que tomarmos. Não podemos ignorar também a cultura familiar onde crescemos, é sutil, mais explica bem o nosso posicionamento no jogo, os cavalos são rápidos e sutis na sua movimentação. Iniciam a nossa jornada e podem defini-la para nós. Se posicionarmos bem o passado e a cultura em que crescemos termos nas mãos as melhores formas de proteger e cuidar das outras ares da vida.

As torres, a dama e o rei ficam para amanhã, para podermos olhar as nossas prioridades de vida. como o passado tem nos afetado, e como o meio em que crescemos pode nos influenciar nas decisões que tomamos hoje? É momento também de equilibrar o trabalho e a vida social para termos a plenitude do gozo da vida aqui na terra.

Livro: Quem mexeu no meu queijo?

As posturas que tomamos nas nossas decisões nos levam a ter mais ou menos ‘queijo’. O livro trata com maestria a questão do comodismo e de quem é a culpa se nossas vidas não mudam nunca. Vale a pena.

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