quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O cálice!

Mc 8 :31 - Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse. E isto ele expunha claramente. Mas Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo. Jesus, porém, voltou-se e, fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.






Jesus ensinava aos discípulos sobre o que ele haveria de sofrer por amor de nós. Rejeição, humilhação, dor e sofrimento foram a marca dos últimos passos de Jesus sobre a Terra antes de sua morte e ressurreição. Ele foi enviado para andar com sua criatura e sentir na pele o que significava a morte. Sempre soube que esse era o objetivo principal de sua vinda, e ensinou isso aos seus. Quando Pedro se colocou a reprová-lo por causa destas coisas Jesus o considerou como satanás, porque quem se colocar contras os planos de Deus se faz inimigo de Deus, e Jesus vivia pelas coisas do Céu. Mas em um momento, próximo ao dia da sua crucificação Ele orou:



Mc 14:36 - E dizia: Aba, {Aba; no original, Pai} Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.



Por muitos anos eu via essa oração de Jesus como uma estranha “amarelada” com relação a sua missão de morrer. Mais estranho ainda era pensar que Jesus tinha “amarelado”. O que é o cálice que o Mestre não queria beber? Parece que não combina pensar que alguém que nasceu para o momento da Cruz e anunciou isto aos discípulos de forma bem clara não queira enfrentar o que foi por Ele mesmo anunciado.. Vemos no livro de atos, que em sua morte, Estevão não quis ser liberto daquele momento. Como muitos passaram por momentos de dor, sofrimento e morte. Paulo, Pedro, André e os apóstolos, com exeção de João, foram martirizados. Durante a história da igreja muitos foram mortos por amor de Cristo e milhares foram torturados. ( Leia: O Livro dos mártires –Jonh Foxe) . E assim como Estevão, que ao invés de gritar e entrar em desespero pedindo aos assassinos que “parecem pelo amor de Deus”, morreram como Cristo, como ovelha que vai ao matadouro. Os discupulos Dele não temeram a morte, por que Ele temeria? Sempre me perguntei: - O que fez Jesus temer o calvário?



Mc 15:34 - E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?



No momento da Cruz Jesus pergunta por Deus, o seu Pai. Deus o abandonara, porque naquele momento o pecado do mundo estava sobre Ele. Cristo se fez maldição em nosso lugar. Levou sobre si nossas iniqüidades. No momento da Cruz, Jesus já não estava com Deus. Esse é o principal motica da oração de Jesus. A Bíblia nos fala que Desde de o principio Eles eram um, e estavam juntos, nunca haviam se separado. E nem nunca vão se separar , de eternidade a eternidade o Pai e o Filhos são um, Mas naquele momento Jesus clamou por Deus Pai, por que é o único momento da história de Deus em que o Pai e o Filho se separaram.



O cálice ao qual Jesus se refere não era apenas o sofrimento humano que ele estava por passar, era o fato que na Cruz Ele estaria longe de Deus, o pior lugar que pode existir, fora da presença Dele. Não, Jesus não amarelou e não temeu o sofrimento ou as dores deste mundo, se angustiou por se afastar de Deus. Orou porque não queria, nem por um único momento estar longe do seu Pai.



Muitos Cristão temem dor e sofrimento mas não temem, nem se angustia por se afastarem da presença de Deus. Pecam, omitem, escolhem as coisas deste mundo e se afastam do Pai. Esquecem que o pior que pode acontecer em suas vidas é estar longe da presença de Deus.

Um comentário:

Unknown disse...

Leco,

Importante esta explicação sobre o momento, talvez, mais importante para nós Cristãos, aquele em que nossos pecados foram apagados junto com a morte de Cristo.
Nunca havia lido uma explicação tão simples e tão oportuna para nós, de fato, o pior lugar do mundo é aquele quando estavamos afastados de Deus.

Que Deus lhe abençoe e dê sabedoria para continuar escrevendo para o nosso deleite.

Abs,

Waldir